
A Humanidade é um rosto com duas faces: a face masculina e a face feminina. Segundo a Bíblia, a Humanidade recebeu o mandato de encher e dominar a Terra.
Mas esta tarefa, para ser humanizante, tem de ser feita em dinâmica de amor. Deus é três pessoas em relações de amor e comunhão.
Ainda antes de existir a terra, os planetas, as estrelas, as galáxias ou o Universo, já existia uma Família de três pessoas.
A Criação, portanto, brota desta comunhão familiar amorosa. Ao criar o Homem à sua imagem e semelhança, Deus não podia deixar de o criar como um ser aberto às relações de amor.
Eis a razão pela qual as pessoas humanas estão talhadas para o encontro e a comunhão. A Divindade é pessoas e a Humanidade também.
Uma pessoa sozinha não é capaz de se realizar e, portanto, não está a caminho da plenitude. A pessoa humana é um ser sexuado, isto é, talhado para a relação de comunhão, a qual pressupõe interacção de diferenças.
A sexualidade, portanto, é condição de realização e amadurecimento humano. Por ser imagem de Deus, a pessoa humana foi talhada para o encontro.
Eis o que diz o Livro do Génesis: “Deus criou o Homem à sua imagem e semelhança. Varão e mulher os criou (Gn 1, 27).
Encontramo-nos no mundo como seres sexuados. Mas a sexualidade humana é uma realidade inacabada, pois implica uma longa tarefa de humanização através de relações de amor.
A condição sexual de uma pessoa é muito mais que uma simples questão genital, pois engloba a toda a nossa história de encontros e desencontros.
Por outras palavras, a sexualidade humana tem uma vertente biológica e outra psíquica, onde está presente a cadeia das relações e experiências positivas e negativas.
É sobretudo como realidade psíquica que a sexualidade é tarefa que temos de realizar e assumir, a fim de atingirmos a nossa maturidade.
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