
A morte natural, como vimos, apenas destrói as dimensões limitativas do nosso ser exterior.
Pelo acontecimento da morte, a pessoa liberta-se das limitações do eu exterior:
Coordenadas da biologia, da raça, da cultura, da língua, da nacionalidade, do espaço e do tempo.
Por outras palavras, através do acontecimento da morte, a pessoa entra nas coordenadas da universalidade e equidistância.
Como sabemos, a pessoa humana não nasce feita. A história de cada ser humano é o processo da sua emergência pessoal-espiritual.
A morte é o parto através do qual nasce o Homem interior e definitivo. O Homem Novo não emerge se não nos dispormos a gerá-lo no nosso íntimo através de opções e compromissos de amor.
O evangelho de São João diz que temos de nascer de novo pela força vital do Espírito santo, a Água Viva (Jo 3,6).
O Homem Novo não nasce sem que vá morrendo o homem velho nas suas tendências de prepotência, domínio, exploração dos irmãos e apropriação dos bens comuns.
De entre os partos da vida nova, a morte é o que tem maior magnitude.
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