
Isto quer dizer que a ressurreição de Cristo, por não ser um acontecimento individual, é o início da ressurreição universal.
É verdade que pela sua condição espiritual, a pessoa humana é imortal. Mas este facto não garante ao ser humano a plenitude da ressurreição em Cristo.
Podemos dizer que, com a ressurreição de Cristo, a Humanidade deu um salto de qualidade.
Para partilhar da ressurreição com Cristo é preciso estar unidos ao Senhor como os ramos da videira à cepa (Jo 15, 1-7).
Apenas os que bebem a Água Viva que Cristo oferece aos que vivem a fraternidade, partilham da plenitude da ressurreição (Jo 4, 21-23; 7, 37-39).
Partilhar da ressurreição de Jesus Cristo é preciso formar um só corpo com ele, como diz São Paulo (1 Cor 10, 17; 12, 13; 12, 27).
Utilizando a imagem da Árvore Vida de que nos fala o Livro do Génesis, podemos dizer que a ressurreição implica comer o fruto desta árvore (Gn 3, 22).
A Árvore da Vida é Jesus Cristo. O seu fruto, isto é, o Espírito Santo, está ao alcance de todos nós, como diz o evangelho de São João:
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu hei-de ressuscitá-lo no último dia (Jo 6, 54).
Depois acrescenta: “Assim como o Pai que me enviou vive e eu vivo pelo Pai, também quem me come viverá por mim” Jo 6, 57).
Eis a razão pela qual a simples imortalidade não constitui a Boa Notícia do Evangelho, mas sim a ressurreição, a verdadeira condição para a pessoa humana atingir a sua plenitude.
Com efeito, a ressurreição implica a assunção da pessoa humana e a sua incorporação na plenitude na comunhão familiar da Santíssima Trindade.
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