sexta-feira, 4 de abril de 2008

CRISTO FOI MUITO ALÉM DO ANUNCIADO-II

II-DESCEU À MORADA DOS MORTOS

No momento da sua morte, Jesus entrou nas coordenadas da Comunhão Universal, comunicando a toda a Humanidade a sua condição humano-divina.

No momento da sua morte e ressurreição, a multidão que o precedeu na marcha da história entra na plenitude da Comunhão da Família divina.

O projecto humano entra na plenitude dos tempos, isto é, na fase dos acabamentos, pois a Humanidade, talhada para a comunhão com Deus, é divinizada.

Durante cerca de trinta anos, o manancial da Água viva que jorra rios de Vida Eterna em nós circulou apenas em Jesus.

No momento da sua ressurreição ele torna-se a Cabeça da Humanidade e a Água Viva passa a circular em todos os ramos que estão unidos à cepa da videira.

Nesse momento deu-se a divinização do Homem e a salvação passou a circular por todos os seres humanos que estão incorporados na comunhão da Família Divina.

O Espírito é que dá Vida, diz Jesus, a carne não serve para nada (Jo 6, 63). O evangelho de São João diz que a dinâmica divinizante só nos é comunicada pelo Senhor Jesus ressuscitado (Jo 7, 39).

Ao falar da Encarnação, São João diz ao que o Filho de Deus, ao Encarnar deu-nos o poder de nos tornarmos filhos de Deus (Jo 1, 12-14).

Por isso, todos os que acolhem o Espírito Santo são filhos e herdeiros de Deus, diz São Paulo (Rm 8, 14-16; Ga 4, 4-7).

Jesus Cristo amou-nos de modo incondicional, levando o seu amor até ao extremo de dar a vida pela causa de Deus e da Humanidade.

Por ser o ponto de encontro do humano com o divino, Jesus Cristo vive em plenitude humano-divina.

O evangelho de São João diz que ele levou o seu amor até ao fim, isto é, até à sua densidade máxima (Jo 13, 1).

No momento da ressurreição de Cristo a multidão dos que tinham vivido antes dele foi assumida na Família Divina.

Além disso, difunde-se pela terra inteira a dinâmica histórica da divinização. São Paulo diz que em Cristo tudo se fez novo. O que era velho passou e a Humanidade foi reconciliada com Deus Pai (2 Cor 5, 17-19).

Jesus é o Novo Adão que reparou os estragos realizados pelo primeiro (Rm 5, 18-19; Col 1, 15-20: Flp 2, 6-10).

No momento da Sua morte e ressurreição, Jesus abre as portas do Paraíso à Humanidade, como Jesus garante ao Bom Ladrão (Lc 23, 43).

Ele foi constituído a Cabeça da Nova Humanidade. Isto significa que os nossos pecados estão perdoados (2 Cor 5, 18-19).

Eis a razão pela qual já não é preciso oferecer sacrifícios pelo perdão dos pecados, acrescenta a Carta aos Hebreus (Heb 10, 5-17).

Como Cabeça da Nova Humanidade Jesus ressuscitado ligou-nos para sempre à comunhão da Santíssima Trindade.

Em Comunhão convosco
Calmeiro Matias

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