quarta-feira, 9 de abril de 2008

MORTE DE JESUS E SALVAÇÃO-I

I-A DIFICULDADE DOS DISCÍPULOS

Os discípulos de Jesus sentiram a morte do mestre como um verdadeiro fracasso.
Eles esperavam que ele fosse o filho de David, o rei messiânico anunciado pelos profetas (Lc 4, 19-21).

Como Messias ele é o filho amado de Deus, como Pedro se apressa a proclamar (cf. Mt 16, 16).
Alguns deles já tinham feito os seus planos para ocuparem os lugares de destaque na corte (Mc 10, 35 s).

O facto de Jesus ter morrido sem subir ao trono significava para os discípulos que Deus rejeitou as suas pretensões messiânicas.

Os Actos dos Apóstolos falam de outros que se apresentaram em público afirmando ser o Messias, entre os quais surgiu um tal Judas e um Teudas, os quais desapareceram sem deixar rasto (Act 5, 36-37).

Devemos reconhecer que entre a visão messiânica de Jesus e a visão dos discípulos havia uma distância enorme.

Certo dia, Jesus irritou-se com os discípulos por estes serem tão lentos na compreensão do plano messiânico de Deus, chegando mesmo a chamar Pedro de Satanás.

Pedro estava a ser um obstáculo para Jesus, pois apenas entendia as coisas segundo os critérios dos homens e não segundo os critérios de Deus.

Nesse momento Jesus repreendeu Pedro e chamou-lhe Satanás, pois este está sempre a tentar equacionar o mistério de Cristo com os critérios do mundo.

Em comunhão convosco
Calmeiro Matias

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