quarta-feira, 23 de abril de 2008

MORTE, RESSURREIÇÃO E VIDA ETERNA-I

I-MORTE E VIDA NATURAL

A morte não mata a pessoa. Apenas o nosso ser exterior é aniquilado pelo acontecimento da morte.

Como fenómeno natural, a morte, atinge os seres vivos naquilo que têm de vida natural, isto é, de vida biológica e psíquica.

Mas a vida pessoal-espiritual já não é produto da natureza. Na verdade, a marcha da evolução natural chega até à hominização, isto é, ao nível biológico com a complexidade própria do Homem.

No entanto, a Humanização é uma tarefa de cada pessoa e que mais ninguém pode realizar. Isto quer dizer que a morte domina em tudo o que é obra da natureza.

Mas o nível da vida pessoal e espiritual escapa ao domínio da morte, pois não é obra da natureza.
Na verdade, a pessoa humana é um ser em construção.

Somos autores de nós mesmos, a partir dos talentos que recebemos dos outros. A nossa realização pessoal acontece como fruto de um processo de humanização.

De facto, temos de nos humanizar, pois a natureza não nos humaniza. Além ninguém nos pode substituir na tarefa da nossa humanização, pois esta concretiza-se num crescimento pessoal livre, consciente e responsável.

A natureza humana é princípio de acção e estruturação do Homem. Fornece-nos os dados da Hominização, isto é, o nosso ser exterior que é biológico e psíquico.

O crescimento do nosso ser interior acontece mediante saltos de qualidade que acontecem a partir de decisões, escolhas e realizações com a densidade do amor.

A lei da humanização é: Emergência e estruturação pessoal-espiritual em relações de amor e convergência para a Comunhão Humana Universal.

Em comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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