terça-feira, 29 de abril de 2008

FIDELIDADE DE JESUS CRISTO E SALVAÇÃO-I


I-PECADO E SALVAÇÃO

Graças ao acontecimento de Cristo, a Humanidade e a Divindade ficaram definitivamente unidas.
Como sabemos, as pessoas humanas não são ilhas. As pessoas divinas também não.

Por outras palavras, a Humanidade, tal como a Divindade, são uma união orgânica constituída por pessoas.

Com efeito, existe apenas uma Divindade, apesar de serem três as pessoas divinas. Do mesmo modo existe apenas uma Humanidade constituída por biliões as pessoas.

Segundo esta maneira de entender as coisas, o bem e o mal que as pessoas fazem não as afecta apenas a elas, mas a toda a união orgânica que forma a Humanidade.

Esta maneira de entender as coisas aparece muito clara no livro do profeta Isaías onde o profeta faz uma leitura desse acontecimento chocante que é o sofrimento dos justos no exílio de Babilónia (Is 52, 13-53, 12).

Até este período o povo bíblico pensava que os justos não podiam sofrer, pois Deus é justo e não vai fazer sofrer o inocente.

Neste período pensava-se que Deus era o autor do sofrimento. Provocava-o para castigar os pecados das pessoas.

Segundo esta perspectiva, como o justo não é pecador, não deve sofrer. No caso das crianças que sofrem, pensava-se que os pais eram pecadores.

Ainda no Novo Testamento encontramos vestígios desta mentalidade: “Ao passar, Jesus viu um homem cego de nascença. Os seus discípulos perguntaram-lhe, então: Rabi, quem pecou para este homem ter nascido cego? Ele, ou os seus pais?

Jesus respondeu: nem pecou ele nem os seus pais. Isto aconteceu para se manifestarem nele as obras de Deus (Jo 9, 1-3).

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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