
Os cristãos estão chamados a continuar missão de Jesus Cristo, tornando-nos ministros da Nova Aliança, isto é, servidores da reconciliação de Deus com a Humanidade e, deste modo, servidores da reconciliação de Deus com os homens (2 Cor 5, 20-21).
Nós somos, diz São Paulo, corpo de Cristo (1Cor 10, 17; 12, 27). Como sabemos o corpo é uma mediação fundamental de encontro.
De facto, é através dos crentes que os seres humanos podem conhecer Cristo e o plano salvador de Deus para eles.
Os profetas anunciaram que a Nova Aliança não assenta em leis, ou preceitos, mas numa mudança de coração, graças à acção do Espírito Santo no nosso íntimo (Ez 36, 26-27; Jer 31, 31-33).
Os profetas que se referiram à Nova Aliança viam os tempos messiânicos como o período de uma grande actividade do Espírito de Deus.
Jovens e idosos, diz o profeta Joel, exultarão de alegria sob a acção do Espírito Santo (Jl 2, 28).
A vivência da Nova Aliança implica, pois, uma espiritualidade renovada, assente numa grande fidelidade ao Espírito Santo e não à letra.
A segunda Carta aos Coríntios, referindo a esta mudança operada pelo Espírito Santo, diz que a letra mata, mas o Espírito Santo comunica vida (2 Cor 3, 6).
A espiritualidade da Nova Aliança é uma espiritualidade de Louvor. O Povo de Deus reconhece que Deus é a fonte de tudo o que nos acontece de bom.
Os salmos bíblicos de louvor e gratidão são um verdadeiro monumento da gratidão do povo bíblico à bondade e ao amor de Deus por nós.
Uns louvam a Deus pelos benefícios concedidos ao povo como tal (Sal 129). Outros agradecem favores concedidos a uma pessoa em particular (Sal 9).
Há também os salmos que louvam a Deus pelas maravilhas da natureza nas quais estão impressas as impressões digitais do Criador (Sal 104).
Os salmos são um testemunho magnífico do que é uma espiritualidade de louvor. A fé do povo bíblico, ao olhar os acontecimentos, a vida e a Criação, tem sempre como pano de fundo a presença bondosa de Deus (Sal 35, 18; 69, 31; 109, 30; 89, 2).
São Lucas descreve as manifestações de gratidão de Jesus em forma de exultações no Espírito Santo (Lc 10, 21-22).
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