terça-feira, 20 de maio de 2008

PAIS E FILHOS FACE A FACE-II

II-A INTERPELAÇÃO DOS FILHOS

Uma das mensagens centrais nas relações e comunhão familiar é o apelo dos filhos em cuja boca podemos colocar alguns apelos:

“Queridos pais: Não vos esqueçais de que eu sou um “Tu” em relação a vós. Apesar de me ter deixado ser por vós, eu tenho uma identidade própria.

Por outras palavras eu sou uma pessoa diferente de vós. É verdade que eu comecei por ser aquilo que vós fizestes de mim.

Nunca me esquecerei de que os primeiros talentos os recebi de vós. Mas isso não quer dizer que, agora, devais fazer de mim uma cópia de vós.

Procedendo desse modo, vós não estaríeis a amar-me a mim, mas a vós. Pretender fazer da pessoa do outro uma cópia de nós é impedi-lo de emergir na sua diferença de pessoa única, original e irrepetível.

A dignidade da pessoa humana consiste precisamente no facto de possuir uma identidade que não se confunde com qualquer outra.

A pessoa atinge a sua realização na medida em que se estrutura como pessoa livre, consciente, responsável e capaz de amar.

Os pais que ajudam os seus filhos a crescer como pessoas livres e responsáveis são, na verdade, os grandes benfeitores da sociedade, pois estão a facilitar uma concretização única de Humanidade.

De facto, na pessoa dos filhos está a emergir a Humanidade de modo único, original e irrepetível.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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