segunda-feira, 12 de maio de 2008

DO BARRO INICIAL AO HOMEM DIVINIZADO-III

III-O PAPEL DA REVELAÇÃO DE DEUS

Através do primeiro beijo aconteceu a intervenção especial de Deus na Criação do Homem (Gn 2, 7).

Pelo segundo beijo acontece uma nova geração e um novo nascimento para a vida divina: “Em resposta, Jesus disse-lhe: “Em verdade, em verdade te digo: “quem não nascer do Alto não pode ver o Reino de Deus”.

Perguntou-lhe Nicodemos: “Como pode um homem nascer sendo velho? Porventura poderá entrar no ventre de sua mãe e nascer outra vez?” (Jo 3, 3-4).

Os mistérios da fé, para seres compreendidos exigem uma meditação assídua da Palavra de Deus.

Por outras palavras, os mistérios de Deus e da Salvação do Homem não são evidentes e, por esta razão, só por revelação podemos ter acesso ao seu significado profundo.

Jesus quis revelar o mistério da divinização do Homem a Nicodemos e por isso acrescentou:
“Aquilo que nasce da carne é carne. Aquilo que nasce do Espírito é espírito.

Não te admires, pois, por eu te ter dito que tendes de nascer do Alto. O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai.

Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito” (Jo 3, 6-8). Nascer do Espírito é entrar na dinâmica do Homem Novo, o qual é conduzido para a plenitude da novidade de Deus.

Com seu jeito maternal de amar, o Espírito Santo vai-nos conduzindo pata a plenitude da família
divina.

Ninguém conhece por si esta plenitude, pois trata-se de uma revelação, como Jesus diz no evangelho de São Lucas:

“Naquele instante, Jesus estremeceu de alegria sob a acção do Espírito Santo e disse: “Bendigo-te ó Pai, Senhor do C+eu e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos.

Sim Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece quem é o Pai senão o Filho e aquele a quem o filho houver por bem revelar-lho.

Depois, voltando-se para os discípulos disse-lhes: “Felizes os olhos que vêem os que estais a ver.
Na verdade, muitos profetas e reis quiseram ver o que estais a ver e não o viram, ouvir o que estai a ouvir e não o ouviram” (Lc 10, 21-24).

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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