domingo, 25 de maio de 2008

A CONSCIÊNCIA COMO VOZ DE DEUS-I


I-A CONSCIÊNCIA COMO PONTO DE ENCONTRO

Todos nós conhecemos o ditado popular segundo o qual a consciência humana é a voz de Deus.
Esta afirmação só é verdadeira em parte. Na verdade, a consciência é também a voz dos outros, pois o superego é o conjunto das opiniões, critérios e modos de valorizar que os outros foram inscrevendo em nós.

Foram os outros que inscreveram em nós o sentido e a exigência dos valores. Ninguém nasce consciente.
À medida que os outros nos vão comunicando os valores, a nossa consciência vai-se estruturando e torna-se um altifalante do Espírito Santo.

Na verdade, os valores tornam-se no íntimo da nossa consciência apelos a agir em harmonia com o seu significado.

Por outras palavras, à medida que a pessoa actua de acordo com os valores, estrutura-se em harmonia com eles.

Deste modo, a pessoa que agem em harmonia com a justiça torna-se justo. Agir de modo injusto, para esta pessoa, é algo que se torna cada vez mais violento para ela.

Do mesmo modo, agir em harmonia com a verdade, a pessoa torna-se verdadeira, isto é, a mentira é algo que se torna violento para ela.

À medida que a pessoa que a consciência de uma pessoa se estrutura, o Espírito Santo faz ouvir a sua voz na consciência desta pessoa, convidando-a a agir de acordo com os valores que estruturam a sua consciência.

A consciência das pessoas varia de acordo com os critérios e valores que nela foram inscritos pelos outros.

Eis a razão pela qual a voz do Espírito Santo não se faz ouvir do mesmo modo em todas as pessoas.

Isto quer dizer que Deus nos toma a sério e comunica connosco adaptando-se à nossa maneira de ser e pensar.

Sempre que o ser humano age de acordo com os apelos do Espírito Santo está a deixar-se moldar como imagem e semelhança de Deus.
Em Comunhão Convosco
Calomeiro Matias

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