
Como sabemos, o ser humano é uma pessoa em construção, isto é, faz-se fazendo. Edifica-se edificando. Realiza-se realizando.
À medida que vai sendo fiel aos talentos recebidos, o ser humano emerge como pessoa e converge para a Comunhão Universal.
É verdade que nós não somos heróis pelos talentos que recebemos. Mas tornamo-nos heróis pelo modo como realizamos as possibilidades de humanização que recebemos dos outros.
O conjunto das noções de bem e mal, bem como a compreensão inicial dos valores são-nos comunicados pelas pessoas que nos foram moldando.
Na medida em que a acção destas pessoas nos proporcionou talentos, isto é, possibilidades de realização, foram na verdade pais e mães para nós.
Além disso, estas pessoas foram para nós mediações da intervenção especial de Deus na marcha da nossa criação.
A intervenção especial de Deus na criação do Homem é essa comunicação do hálito da vida que Deus insuflou no interior do barro primordial do qual saiu Adão.
Na verdade, a intervenção especial de Deus em relação a cada ser humano acontece sempre dentro de um contexto social concreto, onde acontecem relações e se comunica vida afectiva.
As principais mediações para a acção do Espírito primordial do Espírito Santo em relação a nós foram os principais grupos sociais dos quais fizemos parte.
Normalmente os principais grupos que estruturaram o nosso superego são: a família, a comunidade religiosa, a escola, associações e outros grupos aos quais tenhamos pertencido.
À medida que se foi formando, o nosso superego fica a funcionar como ponto de referência sempre que temos de decidir, optar, escolher ou agir num momento determinado.
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