sexta-feira, 16 de maio de 2008

A BÍBLIA COMO FONTE DE ESPIRITUALIDADE-III

III-CRISTO E A NOVA ALIANÇA

Em Cristo, diz a Carta aos Hebreus, Deus encontrou o medianeiro capaz de garantir a permanência da Nova Aliança (Heb 7, 22; 2 Cor 3, 6; Lc 22, 20; Mt, 26, 28; Mc, 14, 24).

Nele aconteceu o perdão gratuito dos pecados. Por isso já não são necessários sacrifícios para o perdão do pecado (Heb 10, 5-17).

Citando Isaías, São Paulo insiste em que Cristo é o prometido. Em Jesus Ressuscitado, Deus realiza as promessas que Deus fez aos patriarcas e que, mais tarde, anunciou pelos profetas.

A Carta aos Romanos recorda as promessas feitas pelos antigos profetas quando afirma: “Esta é a Aliança que eu farei com eles quando lhes tiver tirado os seus pecados” (Rm 11, 27).

Ao falarem da Nova Aliança, os profetas insistiam dizendo que a Nova Aliança não assenta em leis, normas ou preceitos, mas numa mudança de coração como foi anunciado pelos profetas (Ez 36, 26-27; Jer 31, 31-33).

Os tempos messiânicos serão tempos marcados por uma grande actividade do Espírito Santo.
Jovens e idosos diz o profeta Joel, serão movidos pela força do Espírito de Deus (Jl 2, 28).

A vivência da Nova Aliança implica uma espiritualidade renovada, assente na fidelidade ao Espírito e não baseada na letra da Lei de Moisés.

São Paulo diz que a letra mata, mas o Espírito vivifica (2 Cor 3, 6). O Povo Bíblico é um povo que louva o Senhor.

As pessoas reconhecem Deus como fonte dos bens que acontecem aos homens. Os salmos são o grande testemunho de que a espiritualidade do povo bíblico é uma spiritualidade de louvor.

Os personagens bíblicos mais marcantes são apresentados como modelos de gratidão e reconhecimento dos dons de Deus (Gn 8, 20-22; Gn 24, 26-27; 1 Sam 2, 1-10; 2 Sam 7, 18-29; Lc 1, 46-56; 1, 67-79; 2, 29-32).

Em Jesus Cristo, este impulso de gratidão é visto como uma exultação de louvor e gratidão que emerge no coração pela acção do Espírito Santo (Lc 10, 21-22).

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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