
A Revelação não é um mero discurso teórico de Deus. Implica uma presença especial do Espírito Santo no interior do povo de Deus.
O Antigo Testamento é um conjunto de relatos que testemunham as experiências primordiais da revelação e da acção de Deus no meio do seu povo.
Mas além disso, os seus relatos são também mediação para o Espírito Santo fazer acontecer revelação para nós.
A revelação não é apenas um conjunto de textos que nos comunicam umas verdades abstractas.
A revelação bíblica implica os relatos de feitos e maravilhas resultantes da acção de Deus no meio do seu povo.
A revelação, portanto, é uma experiência e uma vivência e não apenas uma teoria abstracta. A vida de fé dos crentes é alimentada pela revelação, a qual não é apenas o conhecimento de um projecto de Deus, como também uma capacitação para amar ao jeito de Deus.
Uma vez que o Antigo Testamento é também revelação para os cristãos, existe uma relação teológica entre o povo bíblico e o Novo Povo de Deus.
Podemos dizer que o Antigo Testamento contém uma história que se move continuamente da promessa para a sua realização e plenitude.
O Antigo Testamento ajuda-nos a compreender Jesus Cristo como o enviado de Deus que fora antecipadamente anunciado.
Na verdade, Jesus confirma o Antigo Testamento, conduzindo à plena realização as antigas profecias messiânicas.
Por outras palavras, se Jesus confirma o testemunho profético do Antigo Testamento, então temos de confessar que este é revelação para os cristãos.
O antigo Testamento nunca apresenta Deus em termos abstractos. Pelo contrário, revela-nos Deus sempre em termos de uma história de relações de Deus com o seu Povo, com a Humanidade e o Cosmos.
Calmeiro Matias
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