quinta-feira, 29 de maio de 2008

DOIS TESTAMENTOS E UMA SÓ BÍBLIA-IV

IV-NOVO TESTAMENTO E A FIDELIDADE DE DEUS

Novo Testamento e a Fidelidade de Deus . Por seu lado, o Novo Testamento confirma e confere plenitude à revelação do projecto salvador de Deus manifesto nos feitos e maravilhas relatadas pelo Antigo Testamento.

Mas não podemos ignorar o carácter de plenitude que o Novo Testamento confere ao Novo.
Não nos podemos esquecer a radicalidade da acção de Deus testemunhada pelo Novo Testamento, a qual vai muito além das propostas do Antigo.

Com efeito, o acontecimento de Cristo ultrapassa de longe as perspectivas messiânicas e salvíficas do Antigo Testamento.

Na verdade, a realização vai muito além dos horizontes da profecia. Jesus Cristo não é simplesmente o acontecimento que põe fim à actividade de Deus em Israel, mas também o acontecimento que inaugura o Reino de Deus.

Do ponto de vista do Antigo Testamento, o Messias é visto um pouco como o acto final do plano de Deus.

Do ponto de vista do Novo Testamento, Jesus Cristo é o centro da História da Salvação e o início de uma Nova Criação (2 Cor 5, 17-19).

Em Jesus Cristo a salvação adquire uma dimensão universal. Através da Igreja, o Novo Povo de Deus, os pagãos são enxertados na antiga árvore do Povo Bíblico e o projecto salvador de Deus passa a ser anunciado em todas as raças, línguas, povos e nações.

O Novo Testamento anuncia que o plano anunciado pelos profetas se realizou em Jesus Cristo.
A salvação encontra-se em Jesus Cristo, pois foi ele que deu início à plenitude dos tempos: “Mas quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho” (Gal 4, 4).

Por vezes, os autores do Novo Testamento projectam um sentido cristão nos textos do Antigo.
Deste modo, a profecia é reconhecida como revelação após a sua realização e plenitude.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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