
A consciência humana molda-se de modo gradual e progressivo. Como já vimos, não há duas consciências iguais, pelo simples facto de não haver duas pessoas com histórias rigorosamente iguais.
Também já vimos que a formação da consciência começa por ser obra do processo educativo.
Ao habitar-nos, isto é, ao tomarmos consciência de nós já estamos habitados pelos outros.
Os valores são-nos comunicados como ideais, metas e razões para agirmos em determinado sentido e não noutro.
O conjunto dos valores que moldam a consciência de uma pessoa depende do contexto em que ela nasceu e foi educada.
É esta a razão de haver consciências bem formadas e consciências mal formadas. Apesar de tudo, a consciência é o último recurso para o agir de uma pessoa.
Eis a razão pela temos o dever de respeitar a consciência das pessoas, mesmo que esta esteja mal formada.
Jesus insistiu neste ponto, ao ensinar que não temos o direito de julgar os irmãos. De facto, não temos nas nossas mãos a história das pessoas.
Não conhecemos nunca de modo perfeito os traumas, condicionamentos ou possibilidades que a história de determinada lhe possibilitou.
Na verdade, mesmo quando vemos uma pessoa fazer o mal não sabemos se ela está a ser má ou vítima do mal.
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