
Como podemos ver, a humanização do Homem processa-se sempre em diálogo com Deus e os outros.
Com o seu jeito maternal de amar, O Espírito Santo incorpora-nos progressivamente na Família de Deus como filhos de Deus Pai e irmãos do Filho de Deus, diz São Paulo (Rm 8, 14-17).
Ele é também o sangue de Jesus Cristo, pois é ele que anima e fortalece a interacção entre a interioridade de Jesus de Nazaré e a interioridade da segunda pessoa da Santíssima Trindade.
O Espírito Santo é, na verdade, o sangue de Cristo ressuscitado que circula em nós e nos comunica a vida eterna (Jo 6, 62-63).
O evangelho de São João diz que ele é a seiva que circula da cepa da videira que é Cristo, para nós que somos os ramos da mesma videira (Jo 15, 1-8).
São João especifica a riqueza e fecundidade desta união orgânica, dizendo que a nossa vida será fecunda na medida em que formos ramos unidos e alimentados pela seiva que vem da cepa (Jo 15, 4-5).
A voz do Espírito Santo faz-se ouvir de modo especial na nossa consciência, convidando-nos a responder aos apelos do amor.
Quando damos ouvidos à nossa consciência, respondendo aos seus apelos, já estamos a responder à voz do Espírito Santo.
Sempre que ouvimos a nossa consciência a interpelar-nos no sentido de sairmos de nós e ir ao encontro dos irmãos, no fundo estamos a escutar a voz do Espírito Santo.
Isto significa que a pessoa não é capaz de se realizar sem os outros e sem esta interacção espiritual com o Espírito Santo na sua consciência.
Esta interacção do Homem com Deus é, de facto, a intervenção especial de Deus na criação do Homem.
No entanto, é importante termos presente que o Espírito Santo nunca nos substitui. Está em nós, mas não em nosso lugar.
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