sábado, 2 de agosto de 2008

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO EM SÃO JOÃO-IV

IV-DEUS QUER A SALVAÇÃO, NÃO A CONDENAÇÃO

Deus não anda à procura de razões para condenar o homem. Pelo contrário, antes de nós o amarmos ele amou-nos a nós:

“Nós amamo-lo porque Ele nos amou primeiro” (1Jo 4, 19). O amor a Deus torna-se visível no nosso amor aos irmãos.

A verdade do juízo está precisamente nesta interacção: amor a Deus, amor aos irmãos: “Se alguém disser: “Amo a Deus, mas odiar o seu irmão, é mentiroso”.

"De facto, quem não ama o irmão que vê não pode amar a Deus que não vê” (1Jo 4, 20). A missão de Cristo, diz o evangelho de São João, não é condenar, mas salvar o Homem:

“Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, não sou eu que o condeno, pois eu não vim para condenar o mundo, mas para o salvar” (Jo 12, 47).

No último dia, o homem será confrontado com a verdade da mensagem e com o modo como a aceitou ou a rejeitou:

“Quem me rejeita e não acolhe as minhas palavras tem quem o condene. A mensagem que anunciei é que há-de condená-lo no último dia” (Jo 12, 48).

Confrontar-se com a mensagem de Jesus é confrontar-se com o Espírito Santo que habita no íntimo do nosso coração:

“Quando vier o Espírito da Verdade, guiar-vos-á para a verdade total. Ele não falará de si mesmo. Dirá tudo o que tiver ouvido e anunciar-vos-á o que há-de vir.

Glorificar-me-á porque há-de receber do que é meu para vo-lo anunciar” (Jo 16, 13-14).
Em Jesus ressuscitado Deus oferece ao homem o maior de todos os dons, isto é, a possibilidade de participar na comunhão universal da Família de Deus.

Glorificar-me-á porque há-de receber do que é meu para vo-lo anunciar” (Jo 16, 13-14). Em Jesus ressuscitado Deus oferece ao homem o maior de todos os dons, isto é, a possibilidade de participar na comunhão universal do Reino que é o mesmo que pertencer à Família de Deus.

Trata-se de um dom, que o homem pode aceitar ou não. De outro modo não seria um dom, mas uma imposição.

O juízo de Deus joga-se nesta opção fundamental que determina a salvação ou a perdição da pessoa.

Por outras palavras, Deus não condena ninguém. As pessoas que vão para a morte eterna condenam-se por sua própria decisão.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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