segunda-feira, 25 de agosto de 2008

DEUS E A DIGNIDADE DO HOMEM-I

I-O HOMEM COMO SER HISTÓRICO

Deus não criou o Homem feito. Somos um projecto em realização histórica. A Humanidade acabada e perfeita está no futuro, não no passado.

Na verdade, o Homem não se define pelo seu aparecimento (evolução a partir da vida animal), mas pela plenitude que o aguarda.

Estamos a caminhar para a condição de pessoas assumidas e incorporadas de modo orgânico e interactivo na comunhão Santíssima Trindade.

O Jardim primordial onde o Homem existia como ser perfeito e acabado nunca existiu. O Paraíso como morada do Homem acabado e perfeito foi inaugurado pelo acontecimento da morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Foi isto que Jesus declarou ao Bom Ladrão no momento da sua morte e ressurreição: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23, 43).

A inauguração do Paraíso representa um salta de qualidade na marcha histórica do Homem em construção.

Por outras palavras, o acontecimento histórico de Jesus Cristo representa a plenitude dos tempos, isto é, a fase da plenitude que é a divinização do Homem.

Isto quer dizer que a plenitude do Homem não está em si, mas na comunhão com Deus. Se o Homem ainda não está acabado, então temos de dizer que Deus não criou o Homem de uma só vez.

Para sermos exactos temos de dizer que Deus começou a criar, está criando e continuará a criar o Homem até este estar plenamente incorporado na festa da Família de Deus.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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