
Com o aparecimento do Homem começa a dinâmica do amor na marcha da Criação. De facto, o amor é o motor da marcha da humanização.
Antes do Homem surgir sobre a terra, já havia cores, sons e ritmos. Quando o Homem aparece na marcha criadora do Cosmos, já havia muitos pios, urros, cacarejos, balidos e grunhidos.
Mas ainda não havia um coração capaz de fazer planos de fraternidade e comunhão. Amar é eleger o outro como alvo de bem-querer, aceitá-lo assim como é, apesar de ser diferente e agir de modo a facilitar a sua realização e felicidade.
O amor é um a dinâmica de bem-querer que tem como origem a pessoa e como meta a comunhão.
Antes de o Homem dar entrada no processo histórico da criação ainda não havia, pessoas, isto é, seres capazes de encontro e diálogo com o próprio Criador.
Antes da entrada do Homem nesta terra bonita e fecunda, ainda não havia seres capazes de fazer poesia nem havia uma voz capaz de dizer a Deus: “Amo-te e aceito a tua aliança!”
Por isso o Criador parou a marcha da criação para pensar e sonhar a sua obra-prima. Depois de pensar e planear, Deus decidiu criar o Homem à sua imagem e semelhança (Gn 1, 26-27).
Na verdade, o Homem é a única imagem que Deus criou de si. Todas as outras foram feitas pelos homens.
A Divindade é pessoas em relações e a Humanidade também!
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