segunda-feira, 11 de agosto de 2008

FÉ CRISTÃ E O MISTÉRIO DO REINO DE DEUS-II

II-OS SINAIS DO REINO DE DEUS

Enquanto realidade a emergir na História, o Reino de Deus está em gestação na História. Mas a sua plenitude está para lá da História.

No Pai-Nosso, Jesus ensina os discípulos a pedirem ao Pai a vinda do Reino (Mt 6, 10; Lc 11, 2).

Ao mandar os discípulos pregar o Reino de Deus, Jesus indicar-lhes que o Reino coincide com a meta do Plano Salvador de Deus (Lc 9, 2).

Os que forem perseguidos por causa da justiça, isto é, por causa da sua fidelidade à vontade de Deus, devem considerar-se felizes, pois deles é o Reino de Deus (Mt 5, 10).

Procurar o Reino de Deus é procurar o fundamental da salvação: “Procurai o Reino de Deus e a sua justiça” (Mt 6, 33).

Procurar a justiça é procurar a vontade de Deus. Na verdade, ser justo é ser fiel à vontade de Deus.

O Reino assenta no poder de Deus que é a força criadora e salvadora do amor. Eis o que diz a Primeira Carta de São João:

“O amor de Deus manifestou-se desta maneira no meio de nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que, por meio de ele, tenhamos a vida” (l Jo 4, 9).

O tema da pregação de João Baptista era a necessidade da conversão para acolher o Reino de Deus que estava para chegar:

“Convertei-vos, dizia ele, pois o Reino de Deus (dos Céus em São Mateus) está próximo” (Mt 3, 1-2).

Os milagres de Jesus significavam que a força libertadora do Espírito Santo estava presente e activa.

Segundo os profetas, o sinal claro da chegada do Reino de Deus era a acção libertadora do Messias a actuar com a plenitude do Espírito Santo:

“Brotará um rebento do tronco de Jessé e um renovo brotará das suas raízes. Sobre ele repousará o Espírito do Senhor:

Espírito de sabedoria e entendimento, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de ciência e de temor do Senhor” (Is 11, 1-2).

Era com esta lente que Jesus interpretava a sua acção libertadora: “Se é pelo Espírito de Deus que eu expulso os demónios, então o Reino de Deus já chegou a vós” (Mt 12, 28; Lc 12, 31).

Em comunhão convosco
Calmeiro Matias

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