quarta-feira, 20 de agosto de 2008

QUANDO DEUS SURPREENDE O HOMEM-III


III-O DEUS QUE SE REVELA E SURPREENDE

No mais íntimo do seu ser, Deus é diálogo comunitário. Como vínculo pessoal de comunhão orgânica e princípio animador de relações, o Espírito Santo vai-nos incorporando na comunhão familiar da Santíssima Trindade.

Quando nos dispomos a orar no Espírito Santo, passamos a participar no próprio diálogo de Deus como Filho de Deus Pai e irmão do Filho de Deus.

Eis as palavras de São a este propósito: “O Espírito Santo socorre a nossa fraqueza, pois não sabemos como orar de modo conveniente.

Mas o Espírito Santo ora por nós com expressões inefáveis e o Deus que perscruta os corações sabe muito bem qual é o desejo do Espírito.

Na verdade, o Espírito Santo ora sempre em sintonia com Deus, intercedendo por nós” (Rm 8, 26-27).

É no mesmo Espírito Santo que Deus Pai comunica connosco revelando-nos o seu coração cheio de ternura paternal:

Revela-se como Pai justo, amoroso, misericordioso e paciente. Revela-se como Pai amável, solícito, acolhedor e sempre disposto a perdoar.

Revela-se como Pai leal e verdadeiro, sempre fiel aos valores da Verdade, da Justiça e do Amor.
Revela-se como Pai protector, atento, dedico e sempre pronto a acolher-nos.

Revela-se como um Pai que ama incondicionalmente e, portanto, agindo connosco em dinâmica de graça, isto é, indo muito além do que nós possamos merecer.

É também no Espírito Santo que o Filho de Deus se comunica connosco e se revela a nós como irmão solidário, bom, e fiel companheiro de viagem.

Revela-se como irmão sempre disposto a partilhar o melhor de si e a dar-nos uma mão para nos fortalecer e ajudar.

Revela-se como irmão generoso, o qual nunca faz alarde do bem que nos quer e das coisas boas que nos dá. Revela-se como irmão sempre atento, sincero e fiel.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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