
III-O DEUS QUE SE REVELA E SURPREENDE
No mais íntimo do seu ser, Deus é diálogo comunitário. Como vínculo pessoal de comunhão orgânica e princípio animador de relações, o Espírito Santo vai-nos incorporando na comunhão familiar da Santíssima Trindade.
Quando nos dispomos a orar no Espírito Santo, passamos a participar no próprio diálogo de Deus como Filho de Deus Pai e irmão do Filho de Deus.
Eis as palavras de São a este propósito: “O Espírito Santo socorre a nossa fraqueza, pois não sabemos como orar de modo conveniente.
Mas o Espírito Santo ora por nós com expressões inefáveis e o Deus que perscruta os corações sabe muito bem qual é o desejo do Espírito.
Na verdade, o Espírito Santo ora sempre em sintonia com Deus, intercedendo por nós” (Rm 8, 26-27).
É no mesmo Espírito Santo que Deus Pai comunica connosco revelando-nos o seu coração cheio de ternura paternal:
Revela-se como Pai justo, amoroso, misericordioso e paciente. Revela-se como Pai amável, solícito, acolhedor e sempre disposto a perdoar.
Revela-se como Pai leal e verdadeiro, sempre fiel aos valores da Verdade, da Justiça e do Amor.
Revela-se como Pai protector, atento, dedico e sempre pronto a acolher-nos.
Revela-se como um Pai que ama incondicionalmente e, portanto, agindo connosco em dinâmica de graça, isto é, indo muito além do que nós possamos merecer.
É também no Espírito Santo que o Filho de Deus se comunica connosco e se revela a nós como irmão solidário, bom, e fiel companheiro de viagem.
Revela-se como irmão sempre disposto a partilhar o melhor de si e a dar-nos uma mão para nos fortalecer e ajudar.
Revela-se como irmão generoso, o qual nunca faz alarde do bem que nos quer e das coisas boas que nos dá. Revela-se como irmão sempre atento, sincero e fiel.
Calmeiro Matias
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