
No concreto de cada ser humano está a emergir o Homem com letra grande, isto é, a Humanidade. Mas a obra ainda não está terminada:
A criança é uma pessoa iniciada, mas longe de estar realizada. O jovem ainda não teve tempo para chegar longe na caminhada da sua maturidade e realização.
Nem mesmo o adulto se pode arrogar o título de pessoa plenamente realizada e acabada.
Cada pessoa é uma concretização histórica, isto é, um pedaço de história personalizada.
De facto, a pessoa, para se dizer, tem de contar uma história. Enquanto estamos no tempo somos seres não acabados, mas já pertencemos à cúpula personalizada da criação.
Na verdade, o Homem já pertence à esfera da transcendência: Transcende o Universo que não é uma pessoa nem uma comunhão de pessoas.
Transcende a Criação que não é capaz de comungar e fazer aliança com Deus. Podemos dizer que a Humanidade é proporcional à própria Divindade e por isso já faz parte Galáxia da Comunhão Universal.
Sem a dinâmica do amo, a pessoa não emerge nem se realiza. Isto quer dizer que a pessoa não é igual diz, mas sim igual ao que faz.
Mas só pode fazer-se em relações. Quem não facilita a génese e realização dos outros não está em sintonia com a acção Criadora de Deus.
A cúpula deste Homem em construção é Jesus Cristo, o fruto mais amadurecido da Humanidade e o ponto de encontro do Humano com o Divino.
Nele aconteceu o enxerto do Divino no Humano, Condição essencial para que o Humano possa ser divinizado.
Calmeiro Matias
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