domingo, 8 de junho de 2008

SENSATEZ E MATURIDADE PESSOAL-IV

IV-BONDADE E CRESCIMENTO HUMANO

As primeiras experiências de gentileza que foram registadas na nossa mente são as vivências da ternura que recebemos dos nossos pais.

Estas experiências são arquivadas no nosso inconsciente, mas continuam a funcionar como moldes de dar e receber ternura.

Quando uma mãe acaricia um filho está a dar-lhe a possibilidade de se tornar uma pessoa amável e sensível no trato com os outros.

Não nos esqueçamos de que a criança que foi bem-amada está capacitada para amar bem. A lei do amor é esta:

“Ninguém é capaz de amar antes de ter sido amado e a pessoa mal-amada ficará a amar mal, isto é, com bloqueios, tropeções e cabeçadas.

Se tivermos presente este princípio não será difícil entender a importância da ternura e da amabilidade para a realização pessoa humana.

Se em casa, no trabalho ou no convívio social tratarmos os outros com amabilidade, o normal é recebermos uma resposta amável.

O maior obstáculo à bondade e amabilidade nas nossas relações é a história dos nossos traumas e humilhações., os quais estão sempre na base das nossas agressividades e reacções desproporcionadas aos factos que lhe deram origem,

Quando nos descontrolamos tendemos sempre a culpar os outros. É muito possível que os culpados sejam de facto os outros, mas não aqueles contra os quais estamos a enviar setas de raiva e ódio.

Na verdade, o mal amado ama mal, mesmo quando dá o melhor de si. Se tomarmos consciência deste facto, muitas das agressividades armazenadas no nosso inconsciente, acabam por ir perdendo força.

Como acabamos de ver, muitas das nossas reacções desproporcionadas brotam de experiências dolorosas do passado e que ficaram arquivadas no nosso inconsciente.

Se olharmos atentamente para a nossa história passada, não nos será é difícil verificar como a vida foi mais agradável para nós nos momentos em que fomos amáveis com os outros.

Não tenhamos dúvidas de que a vida será mais alegre e feliz se procurarmos ser amáveis nas nossas relações com os outros.

A vida cristã imprime uma dinâmica nova às relações. Viver como cristão é muito mais que passar uma hora por semana na Igreja.

A vida cristã é uma vivência do baptismo no Espírito, isto é, viver a vida em dinâmica de pentecostes.

É um engano pensar que a felicidade chega depois de termos conseguido um bem material, um estatuto profissional ou uma riqueza significativa.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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