domingo, 8 de junho de 2008

SENSATEZ E MATURIDADE PESSOAL-III

III-CRESCIMENTO PESSOAL E CAPACIDADE DE PERDOAR

Enquanto uma pessoa sente ódio ou ira por alguém não consegue ter paz interior. Quando isto acontece, a nossa inteligência fica obscurecida e o nosso coração gera negativismo.

Esta situação gera uma quantidade enorme de bloqueios à circulação do da paz interior e do dinamismo criador de Deus em nós.

Nestas circunstâncias não conseguimos caminhar calmamente nem cultivar uma verdadeira serenidade.

Não nos devemos esquecer de que as emoções negativas fluem e são contagiosas, isto é, as anteriores afectam as seguintes, mesmo que não estejam directamente ligadas entre si.

Quando nos sentirmos agressivos e com raiva devemos fazer-nos algumas perguntas deste tipo:
Qual a razão desta minha agressividade?

Estou irritado contra uma pessoa das minhas relações ou esta agressividade está orientada contra mim? Fui insultado, julgado injustamente ou rebaixado?

Não nos esqueçamos de que, ao odiar ou detestar alguém, os mais prejudicados por isso somos nós.

É esta a razão pela qual Jesus nos mandou rezar pelos inimigos. Fazendo isto, a pessoa começa a sentir-se de modo gradual e progressivo mais liberta do remoinho que a faz girar à volta desse sentimento negativo e a vai desgastando e depauperando as suas capacidades criadoras.

As nuvens de raiva e ódio que escurecem o nosso coração só podem ser diluídas através de um plano de perdoar.

Uma maneira de caminhar de modo seguro em direcção ao perdão é procurar o perdão daqueles a quem fizemos mal.

Esta procura de perdão pode ser feita em casa e em silêncio. Lembremo-nos de algumas das nossas atitudes que tenham magoado outras pessoas.

Este exercício tem a finalidade de nos ajudar um passo na meta que nos propomos: perdoar às pessoas que nos magoaram.

Por vezes acontece que ao fazer este exercício a pessoa exclama: “Perdoo a todos os que me ofenderam, intencionalmente ou não.

Se nesses momentos nos lembrarmos de alguma pessoa que nos tenha magoado muito podemos dizer: “perdoo-te”.

Não nos esquecemos de nos perdoar a nós próprios. É importante que a pessoa perdoe os males que fez a si mesma:

Quantas atitudes erradas. Quantos Comportamentos prejudiciais para nós. Procuremos tomar consciência das consequências nefastas que estes males nos provocaram.

Depois, de modo sereno e saboreando a alegria da paz interior digamos: perdoo os males que me fiz a mim mesmo.

Muitas vezes a dificuldade em pedir perdão às pessoas ou perdoar aos que nos ofenderam, radica no facto de não nos termos perdoado os males que fizemos a nós mesmos.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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