quarta-feira, 18 de junho de 2008

A PALAVRA DE DEUS NA HISTÓRIA-IV

IV-QUANDO O HOMEM SE OPÕE À PALAVRA

O facto de a Palavra ser eficaz não quer dizer que se imponha aos ouvintes. De facto, a pessoa pode opor-se a Deus.
No entanto, a rejeição da Palavra de Deus produz efeitos negativos na pessoa que a rejeita, pois a Palavra de Deus coincide com o que é melhoromemHomem para o Homem.

A conversão, na perspectiva da Palavra de Deus, é sempre uma decisão do Homem em acolher a proposta amorosa de Deus.

Ao contrário do que acontece com o legalismo Levítico, o pecado não é nunca uma mera transgressão.

Pelo contrário, é uma infidelidade à aliança de Deus da qual a aliança matrimonial é símbolo.
Podemos dizer que o profeta é o homem do compromisso com a transformação histórica.
O profeta apontando sempre para os critérios de Deus, os quais são diferentes dos critérios dos homens.

Pela revelação sabemos que, no princípio, era o amor concretizado numa comunhão familiar de três pessoas.

Através da sua Palavra, Deus revelou-nos o grande amor com que nos criou e salvou em Cristo.
Graças ao dom da revelação nós sabemos que não estamos perdidos num mundo caótico e a caminhar para o vazio da morte.

Por si só, o Homem nunca podia chegar a esta compreensão profunda do mistério de Deus, do Homem e do sentido da História.

Apesar de não ser irracional, a Palavra de Deus transcende a simples razão humana. Podemos dizer que a revelação está para a razão, como os binóculos para os olhos: optimizam as suas possibilidades de visão.

O Deus que nos comunica a sua Palavra é também o Deus da Aliança. Mas o Homem pode recusar-se a agir segundo as propostas que lhe são feitas pelo Deus da Aliança.

Levamos em nós a serpente que nos pretende fazer acreditar que as propostas de Deus não são boas para nós.

O Espírito Santo, fazer ecoar a Palavra no nosso coração, faz emergir em nós a Sabedoria que nos capacita para saborearmos a vida com os critérios de Deus.
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias









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