sexta-feira, 27 de junho de 2008

REALIZAÇÃO PESSOAL E FRACASSOS-II


II-FELICIDADE E FRACASSOS

A felicidade é um estado de espírito que assenta no ser e não no ter. O Evangelho é muito claro neste ponto: “Felizes os pobres de Espírito porque deles é o Reino dos Céus.

Felizes os mansos, os aflitos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os que promovem a paz, os perseguidos por causa de justiça, os que sofrem injúrias” (cf. Mt 5, 3-12).

A felicidade resulta da arte de sabermos construir a vida segundo o melhor das nossas possibilidades, mesmo que o fracasso possa surgir de vez em quando.

A pessoa feliz tende a fazer feliz os outros. De facto, não é possível ser-se feliz sem amar os demais.

Quanto mais uma pessoa partilha a alegria e a felicidade que a habitam mais esta cresce dentro de si.

Uma pessoa que pretenda reter a felicidade só para si nunca chegará a ser feliz de verdade.
Quando mais realista e determinada for uma pessoa mais longe chegará no caminho da sua felicidade.

Há pessoas que, no início, tinham um leque limitado de possibilidades ou talentos, mas acabaram por chegar longe devido à sua persistência.

Não nos esqueçamos de que o leque dos talentos é dinâmico. A fidelidade às possibilidades de hoje amplia o leque das possibilidades de amanhã.

É fundamental ter presente a acção do Espírito de Deus no nosso coração. A fé na presença e na força de Deus em nós optimiza o leque das nossas possibilidades e talentos.

A pessoa determinada sabe que não pode desperdiçar o tempo. Na verdade, o tempo perdido nunca mais é recuperado.

Lembremo-nos de que o tempo é a possibilidade que Deus nos dá para realizarmos o melhor dos nossos talentos.

Lembremo-nos sobretudo de que a nossa plenitude depende da nossa realização no tempo.

Tenhamos presente de que os nossos talentos são apenas possibilidades. Estas não se tornarão realidade enquanto a pessoa os não fizer acontecer.

O ovo de galinha fecundado não é o pintainho. No entanto está cheio de possibilidades para que este possa acontecer.

Por outras palavras, o ovo fecundado está cheio de possibilidades que não existem no ovo não fecundado.

Se estrelarmos o ovo fecundado, as possibilidades de dar pintainho não acontecem. Mas se iniciarmos a génese dos possíveis presentes no ovo fecundado teremos um pintainho no curo espaço de três semanas.

No caso do ovo não fecundado, mesmo que o mantenhamos durante dez anos na chocadeira não obteremos pintainho.

Isto é apenas para dizer que não devemos estrelar as nossas possibilidades que nos vêm dos nossos talentos.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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