
Deste modo, Humanidade e Divindade passam a estar unidas e dinamizadas pelo mesmo princípio de vida e comunhão, isto é, o Espírito Santo:
“Não rogo só por eles, mas também por aqueles que hão-de crer em mim por meio da sua palavra, a fim de que todos sejam um só, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti.
Para que assim eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que tu me deste, de modo que sejam um como nós somos um.
Eu neles e tu em mim, para que cheguem à perfeição da unidade e assim o mundo reconheça que tu me enviaste e que os amaste como me amas a mim.
Pai, quero que onde eu estiver estejam também comigo aqueles que me confiaste, a fim de contemplarem a glória que me deste, pois amaste-me antes da criação do mundo.
Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu conheço-te e estes reconheceram que me enviaste. Dei-lhes a conhecer quem és e continuarei a fazê-lo, a fim de que o teu amor por mim esteja neles e eu esteja neles também” (Jo 17, 20-25).
A confissão do Senhor ressuscitado é condição fundamental para que a nossa fé seja teologal.
Por outras palavras, não é cristão quem não fundamenta a sua fé em Cristo ressuscitado.
Eis o que São Paulo diz a este respeito: Rm 10, 9: “Se confessares com a tua boca que Jesus é o Senhor e acreditares no teu coração que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo” (Rm 10, 9).
E na Primeira Carta aos Coríntios acrescenta: “E Deus que ressuscitou o Senhor Jesus há-de ressuscitar-nos também a nós pelo seu poder” (1 cor 6, 14).
Isto quer dizer que a ressurreição de Cristo é o início da ressurreição universal. Os que precederam o Senhor ressuscitaram com ele. E nós estamos a ser ressuscitados pela acção ressuscitadora do Espírito Santo.
É por esta dinâmica ressuscitadora do Espírito Santo que nós vamos sendo incorporados de modo progressivo na Comunhão da Família de Deus, como diz a Primeira Carta aos Tessalonicenses:
“Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus reunirá com Jesus os que em Jesus adormeceram” (1 Ts 4, 14).
E a Primeira Carta aos Coríntios diz: “Se Cristo não ressuscitou, diz São Paulo, a nossa fé é vã e ainda permanecemos nos nossos pecados.
Mas não é assim. Cristo ressuscitou como primícias dos que morrem. De facto, assim como por um homem veio a morte, também por um homem vem a ressurreição dos mortos.
Como todos morrem em Adão, todos voltam à vida em Cristo. Cada qual na sua ordem: primeiro Cristo. Depois os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda.
Depois segue-se o fim quando Jesus entregar o Reino a Deus Pai, depois de ter colocado todos os inimigos debaixo dos seus pés.
O último inimigo a ser destruído será a morte (1 Cor 15, 12-26). São Paulo pensava que a segunda vinda de Jesus Cristo ia acontecer muito em breve.
Ele estava convencido de que ainda estaria vivo no dia da vinda do Senhor. Eis as suas palavras: “Nem todos morreremos, mas todos seremos transformados, num instante, num abrir e fechar de olhos, ao som da trombeta final.
Na verdade, a trombeta soará. Então os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados (1 Cor 15, 51).
Sem comentários:
Enviar um comentário