quarta-feira, 25 de junho de 2008

OS TALENTOS E A TAREFA DA HUMANIZAÇÃO-III

III-SABER RECONHECER OS PRÓPRIOS TALENTOS

Como sabemos, o feixe dos talentos varia de uma pessoa para outra. Os seres humanos não são peças de cerâmica feitas em série.

O facto de não termos os mesmos talentos de outras pessoas não significa que sejamos inferiores. Ser diferente é um valor e uma porta para acontecer a novidade no projecto humano.

Na verdade, a pessoa humana realiza-se como ser único, original e irrepetível. Quanto mais conscientes estivermos dos nossos talentos, melhor os podemos fazer render.

Se fizermos render o melhor dos nossos talentos conseguiremos a melhor realização possível.
A nossa vida está cheia de oportunidades, seja qual for o leque dos nossos talentos, como diz Jesus no evangelho de São João:

“Acreditai que eu estou no Pai e o Pai em mim. Crede-o ao menos por causa das obras que faço.
Em verdade vos digo: quem crê em mim fará as obras que eu faço e fará outras ainda maiores, pois eu vou para o Pai” (Jo 14, 11-12).

É muito importante saber que não estamos sós nesta tarefa da nossa realização. A presença do Espírito Santo em nós optimiza as nossas capacidades capacitando-nos para darmos frutos de vida.

Os Actos dos Apóstolos dizem que Jesus passou a vida fazendo o bem e curando a todos porque o Espírito Santo estava com Ele” (Act 10, 38).

A Atenção aos nossos talentos e a fé na acção de Deus em nós são os pilares fundamentais para edificarmos a casa sobre rocha firme:

“Todo o que ouve as minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem sensato que construiu a sua casa sobre rocha (...).

Todo o que ouve as minhas palavras e não as põe em prática pode ser comparado a um insensato que construiu a sua casa sobre areia” (Mt 7, 24-26).

Não nos esqueçamos que os dons de Deus são-nos sempre comunicados em forma de talentos ou possibilidades.

Por outras palavras, aceitar os dons de Deus é começar a realizar o melhor das possibilidades que temos em nós.

Possibilidade ou talento é apenas o que pode emergir no concreto das situações em que nos encontramos.

Ao tomarmos consciência deles surge o chamamento de Deus, convidando-nos a dar o melhor de nós, como diz Jesus:

“Nem todo o que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos Céus” (Mt 7, 21).

É importante não desanimar nesta tarefa da nossa humanização.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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