
Acordei com os sons matinais das aves que saudavam ruidosamente o nascer do novo dia. O Sol começava a irromper.
A luz brilhante daquela manhã quente de um Outono avançado fez-me lembrar o início da Criação.
Tornaram-se-me presentes aquelas palavras que o livro do Génesis põe na boca de Deus:
“Haja luz. E a luz surgiu.
Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas” (Gn 1, 3-4). Na verdade, o aparecimento da luz em cada manhã é como que um novo início da Criação.
As plantas tornam-se verdes e o céu ganha a sua cor azul. Pouco a pouco, as aves iniciam os seus cantos e as crianças começam a saltitar.
Aquela manhã de sol brilhante fazia lembrar a manhã primordial do primeiro dia da Criação.
Deixando-me conduzir pela magia daquele dia a nascer, pude saborear a presença criadora de Deus a acontecer ontem como hoje, e hoje como amanhã.
Isto fez-me pensar que Deus não é um mágico que faz aparecer as coisas através de um gesto carregado de magia.
Saboreei os ritmos e a harmonia que o Criador imprimiu na marcha da Criação a acontecer.
Calmeiro Matias
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