
Os evangelhos insistem em que Jesus tomava a oração muito a sério. A oração, para Jesus, não era um vista como um conjunto de palavras mágicas, mas antes como um diálogo familiar com Deus, a quem ele chamava “Abba” isto é, Papá.
Para Jesus é preciso orar sempre, não para fazer que Deus nos oiça, mas sim para podermos ouvir a Deus.
A oração não é para mudar o querer de Deus a nosso respeito. Na verdade, a vontade de Deus a nosso respeito coincide exactamente com o melhor para nós.
A oração, na perspectiva de Jesus, é uma relação amorosa com Deus. Como sabemos, as relações modificam as pessoas. Ora se a oração é uma relação com as pessoas divinas que se vai modificando é o ser humano.
Com efeito, Deus é amor. Isto quer dizer que a sua vontade é o nosso bem. Por ser uma relação amorosa com Deus, a oração configura o nosso coração com o coração de Deus, capacitando-nos para irmos mais longe na vivência do amor.
A nossa oração, quando é feita em união com Cristo, diz o evangelho de São João, será sempre atendida.
Eis as palavras de Jesus: “E o que pedirdes em meu nome, eu o farei, a fim de que a glória do Pai se revele no Filho” (Jo 14, 13).
Depois acrescenta: “Até agora não pedistes nada em meu nome. Pedi e recebereis e, deste modo, a vossa alegria será completa” (Jo 16, 24).
A oração feita em união com Jesus é atendida pelo Pai como se fosse a própria oração de Jesus:
“Nesse dia, apresentareis em meu nome os vossos pedidos ao Pai e não vos digo que vou rogar por vós ao Pai.
Na verdade, é o próprio Pai que vos ama, pois vós amais-me e acreditais que eu saí de Deus.
Eis o que diz a Carta aos Efésios: “Mediante a fé em Jesus Cristo podemos aproximar-nos de Deus com toda a liberdade e confiança” (Ef 3, 12).
Segundo o evangelho de São Lucas, Jesus orava sempre nos momentos importantes da sua vida.
Após o seu baptismo, diz Lucas, Jesus começou a orar e, nesse momento, os Céus abriram-se e o Espírito Santo desceu sobre Jesus em forma de pomba.
No mesmo instante ouviu-se a voz de Deus Pai dizendo: “Tu és o meu Filho muito amado no qual ponho o meu encanto” (Lc 3, 21-22).
No momento de escolher os doze Apóstolos, Jesus retirou-se para a montanha e passou a noite em oração (Lc 6, 12-13).
Sem comentários:
Enviar um comentário