
O Novo Testamento reafirma a bondade da Criação e dá um salto de qualidade ao interpretar a Criação à luz do acontecimento de Cristo.
Os fariseus, movidos por uma leitura distorcida da realidade dividiam as coisas entre puras e impuras, boas e más, benditas e malditas.
Jesus opõe-se a estes tabus e reafirma a bondade essencial de todas as coisas. Os alimentos são todos puros. O que mancha o homem é a maldade que lhe sai do coração e não os alimentos que possa ingerir (Mc 7, 14-20).
O Sábado, sinal da Aliança, aparece no livro do Génesis como a consumação e santificação da Criação.
Jesus entende a santificação do Sábado como compromisso com a libertação, a restauração e a salvação do Homem.
A Salvação é uma verdadeira recriação. Deus cuida com ternura de todas as criaturas. Nem um só pássaro cai por terra sem que Deus o permita (Mt 10, 29).
Foi Deus quem deu beleza aos lírios do campo e agilidade às aves do céu (Mt 6, 25-34). Deus é o criador e Senhor de todas as coisas. Do Senhor é a terra, diz a Primeira Carta aos Coríntios e tudo quanto ela contém (1 Cor 10, 26).
Deus chama à existência as coisas que não são, diz a Carta aos Romanos, a fim de que possam existir (Rm 4, 17; cf. Gn 1, 3).
As coisas existem graças ao poder criador de Deus (Rm 11, 36). Deus é invisível, diz São Paulo, mas o invisível de Deus mostra-se-nos de modo analógico através das criaturas (Rm 1, 19; cf. Sb 13).
A plenitude da Criação é Cristo. Ele é a cabeça da Criação em estado de plenitude. O mundo foi criado por Cristo e para Cristo (Col 1, 15-20; Flp 2, 6-11).
Criado como cabeça da Humanidade, Adão acabou por desorientá-la. Jesus Cristo veio como o Novo Adão, a fim de restaurar os danos causados por Adão na dinâmica da Criação.
Calmeiro Matias
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