
O amor com que os outros nos amaram, unido ao património genético que recebemos dos demais é a matéria-prima de que a pessoa dispõe para se realizar.
Os talentos ou possibilidades de que dispomos à partida difere de pessoas para pessoa. No evangelho de São Mateus, Jesus diz que uns recebem cinco talentos, outros dois ou um (Mt 25, 14-30).
É por isso que os seres humanos nunca se repetem. De facto, cada pessoa é única, original e irrepetível.
Também neste aspecto as pessoas humanas são seres criados à imagem e semelhança de Deus.
Por ser uma comunhão amorosa de três pessoas, temos de dizer que o amor foi primeiro.
Mais, se Deus é amor, então temos de dizer que o amor é a única realidade sempiterna. Ainda não tinha sido iniciada a génese criadora das galáxias, e do Universo e já existia o amor.
Só o amor é uma força capaz de fazer emergir e estruturar de modo equilibrado a realidade espiritual da pessoa humana.
Quando meditamos nos mistérios de Deus e do Homem, compreendemos que, de facto, o amor está primeiro.
O amor é também a dinâmica que possibilita a plenitude, tanto das pessoas humanas como das divinas.
Como sabemos, a plenitude da pessoa não está em si, mas na reciprocidade da comunhão amorosa. Reduzida a si, a pessoa está em estado de perdição.
Se Deus é comunhão amorosa de três pessoas, então temos de dizer que a comunhão amorosa é o começo e o fim da criação, o Alfa e o Ómega, como diz o Livro do Apocalipse (Apc 21, 5-6).
Calmeiro Matias
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