sexta-feira, 26 de setembro de 2008

CRISTO COMO INÍCIO E PLENITUDE DACRIAÇÃO-I


I-O LUGAR DO HOMEM NO PLANO CRIADOR

O Novo Testamento é a proclamação alegre do projecto salvador de Deus realizado em Cristo e ressuscitado.

Na verdade, Jesus Cristo é a cúpula do plano de Deus iniciado com a Criação. A História foi assumida e plenificada por Jesus Cristo ressuscitado, o qual se tornou a Cabeça da Humanidade reconciliada salva (2 Cor 5, 17-18).

Mas o Novo Testamento proclama a presença dinâmica do Filho Eterno de Deus no princípio da Criação.

Por outras palavras, Cristo é o impulsionador do impulso primordial que deu início à génese criadora do Universo.

O evangelho de São João diz que o Verbo, isto é, o Filho Eterno de Deus, é a Palavra que realiza o que significa, conferindo sentido e finalidade à marcha criadora.

Segundo o evangelho de São João, Cristo continua a ser a Palavra eficaz que conduz a Criação à plenitude da Salvação.

Eis a razão pela qual temos de nascer de novo pelo Espírito Santo, diz São João (Jo 3,6). São Paulo explicita este mistério de modo muito bonito dizendo que todos os que são conduzidos pelo Espírito Santo são filhos e herdeiros de Deus Pai, bem como irmãos e co-herdeiros do Filho de Deus (Rm 8, 14-17).

Deste modo a História atinge a plenitude dos tempos, isto é, a fase dos acabamentos ou divinização do homem.

Com o mistério da Encarnação fica consumado o projecto da criação, e da Salvação. Devido ao facto de possuir uma vida espiritual, o Homem já era a cabeça da Criação.

Mas com o acontecimento da Encarnação, isto é, do enxerto do humano no divino ele é incorporado na Família Divina.

Com a divinização do Homem, a Criação atinge a sua plenitude.Se o mundo é criação de Deus, então as coisas são boas.

Deus proclamou a bondade da Criação no próprio acto de criar, diz o Livro do Génesis (cf. Gn 1, 1-2, 7).
Em Comunhão convosco
Calmeiro Matias

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