
A verdade, como vimos acima, é a compreensão e enunciação correcta e adequada da realidade de Deus, do Homem, da História e do Universo.
Isto quer dizer que o Homem, só por si, não consegue atingir a verdade plena. Como o Homem não tem capacidade para atingir a verdade plena, Deus tomou a iniciativa de revelar à Humanidade os horizontes máximos da verdade.
Graças à revelação, os seres humanos podem saborear o pleno sentido da Vida humana e do Cosmos no projecto criador e salvador de Deus.
A primeira Carta aos Coríntios diz que os senhores do mundo, fecharam à revelação, ficaram privados da Verdade de Deus.
“Nós ensinamos a sabedoria de Deus, diz São Paulo, mistério oculto e que Deus, antes dos séculos, predestinou para nossa glória.
Nenhum dos senhores deste mundo a conheceu, pois se a tivessem conhecido, não teriam crucificado o Senhor da glória.
Mas como está escrito, o que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração humano não pressentiu, Deus o preparou para aqueles que o amam.
A nós porém, Deus o revelou por meio do Espírito Santo, pois o Espírito tudo penetra, mesmo as profundidades de Deus” (1 Cor 2, 7-10).
Segundo o evangelho de João, Pilatos perguntou a Jesus o que é a verdade, apesar de a ter mesmo em frente dos seus olhos. Não tinha o coração preparado para atingir a raiz profunda da mesma da verdade.
É no mesmo evangelho de São João que Jesus se declara o caminho a verdade e a vida: O coração dos Apóstolos só ficou preparado para acolher a verdade da revelação com o dom pascal do Espírito Santo.
De facto, a verdade da revelação emerge no nosso coração pela acção do Espírito Santo. É por esta razão que o homem tem de nascer de novo pelo Espírito Santo (Jo 3, 6).
Calmeiro Matias
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