
No princípio era o amor. E o amor activou o impulso primordial que iniciou a génese criadora do Universo.
O amor deixou as suas impressões digitais em todas as obras da Criação, mas no Homem que deixou a marca fundamental:
Ninguém é capaz de amar antes de ter sido amado. Eis os fundamentos da lei do amor: “O amor dos outros capacita-nos para amar e por isso ninguém é capaz de amar antes de ter sido amado.
Por seu lado, o mal amado fica a amar mal, isto é, com bloqueios e tropeções, mês quando dá o melhor de si.”
O amor tem como alicerce o dom. É por esta razão que o amor nunca se impõe. A pessoa que ama na proporção do amor que recebeu dos outros está a ser fiel aos talentos recebidos.
Do mesmo modo, o mal amado que tropeça e dá cabeçadas é sobretudo vítima das recusas de amor dos outros.
Tal como a vida natural não pode subsistir sem água, assim a pessoa humana, privada de amor, não consegue viver uma vida verdadeiramente humana.
É o amor confere à vida dos seres humanos uma densidade que transcende a vida animal. Na verdade, a interioridade espiritual da pessoa humana emerge e robustece-se na calda das relações e da comunhão amorosa.
Por outras palavras, o amor é a força que faz emergir e robustece a interioridade espiritual da pessoa humana.
Calmeiro Matias
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