segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A GRANDEZA DO HOMEM SONHADO POR DEUS-V

V-A PESSOA E A COMUNHÃO UNIVERSAL

Na comunhão universal do Reino de Deus, todas as pessoas dançam o ritmo do amor, mas cada qual com o jeito e a densidade que tiver atingido aqui na terra.

Isto quer dizer que a pessoa é realmente um ser em construção histórica. A dignidade da pessoa humana começa no facto de não nascer determinada.

Os animais nascem e crescem determinados pela natureza da sua espécie, a qual lhes marca o destino.

A pessoa humana, pelo contrário, nasce com um leque de talentos que lhe possibilita uma diversidade enorme de opções, escolhas, decisões e compromissos de vida.

Ao contrário dos animais, a pessoa está chamada a ser autora de si própria. Até neste aspecto o ser humano é, de facto, feito à imagem e semelhança de Deus.

A Divindade é pessoas. A Humanidade, também. Pela sua condição pessoal, a pessoa humana pertence ao nível da transcendência, isto é, à esfera da vida pessoal.

A nível da Criação, a vida pessoal-espiritual aparece no fim. É a cúpula do processo criador.
Mas a nível do Criador, a vida pessoal foi primeiro.

No princípio, ainda antes de existir o Universo, só existia Deus, três pessoas em comunhão amorosa.

Podemos dizer que ainda antes da explosão primordial dar início à gestação do Universo, já
existia o Amor.

A comunhão das três pessoas é o começo e o fim, o Alfa e o Ómega. Por outras palavras, Deus é o começo e a plenitude da Criação.

A vida pessoal, por ser espiritual tem densidade de vida eterna. Na verdade, a vida pessoal ou é divina ou é proporcional à Divindade.

Por outras palavras, a pessoa humana situa-se ao nível da cúpula da Criação. As pessoas humanas, juntamente com as divinas e outros seres pessoais que possam existir fazem parte da Galáxia da vida espiritual.

O crescimento da vida pessoal não é uma questão de quantidade. Não se mede ao quilo, nem é questão de volume. Também não se mede ao metro.

A vida pessoal-espiritual só se pode avaliar pela qualidade das suas relações. Na verdade, a pessoa em realização caminha para a reciprocidade:

Possui-se na medida em que se dá. Por outras palavras, a plenitude de uma pessoa não está em si, mas na comunhão amorosa.

De facto, a realização pessoal é uma tarefa de amor. Ao dar-se, a pessoa não se perde. Pelo contrário, encontra-se mais plenamente.

Em Comunhão convosco
Calmeiro Matias

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