quarta-feira, 17 de setembro de 2008

PASSOS PARA CRESCER COMO PESSOA-V

V-AMAR E DEIXAR-SE AMAR

A pessoa ama tornando-se dom para o outro. Mas permitir ao outro que seja dom para nós é também uma forma de o amor, pois é dar-lhe a possibilidade de se realizar.

Neste mundo agitado em que vivemos, não é fácil encontrar espaço para o dom e a gratuidade.

Por isso o processo da humanização, encontra tantos bloqueios na indiferença reinante entre as pessoas e na violência, tanto a nível das famílias, das sociedades e das nações.

Vendo as coisas à luz da fé, a pessoa do outro é um dom que Deus nos dá para nos podermos humanizar.

Do mesmo modo, nós estamos chamados a ser dom para ajudar o outro a realizar-se e ser feliz.

Por outras palavras, amar o outro é acolhê-lo como dom de Deus e procurar ser dom para ele.
Apesar de estarmos chamados a ser dom para os irmãos, podemos recusar-nos.

Como sabemos, o amor propõe-se, mas nunca se impõe. No entanto, a fidelidade às propostas do amor é condição para a pessoa atingir a sua realização e felicidade.

Por outras palavras, só podemos atingir a maturidade pessoal tornando-nos dom. Com efeito, a plenitude da pessoa não está em si, mas na reciprocidade da comunhão com os outros.

Face a este apelo fundamental podíamos perguntar-nos: Em que medida uma pessoa está possibilitada para ser dom para os outros?

Esta pergunta coloca-nos no coração do mistério da reciprocidade amorosa. O princípio que nos permite dar a resposta a esta questão é o seguinte:

Estamos capacitados para ser dom, na medida em que os outros foram dom para nós. É a lei do amor: “ Ninguém é capaz de amar antes de ter sido amado e o mal amado ama mal, mesmo dando o melhor de si”.

Talvez um exemplo pode ajudar-nos a compreender melhor este mistério do amor: Uma pessoa amada em densidade cinco está capacitada para amar em densidade cinco, como diz o evangelho de São Mateus (Mt 25, 20-21).

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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