quarta-feira, 26 de março de 2008

O VALOR DA AFECTIVIDADE-V

V-MATURIDADE AFECTIVA E COMUNHÃO

Lembremo-nos de que os outros são um dom de Deus para nós, pois são mediações básicas para nos realizarmos como pessoas.

Tomemos consciência de que ninguém é bom em tudo, aceitando e valorizando as qualidades dos outros.

É esta a razão pela qual o Espírito Santo suscita uma grande diversidade de talentos, carismas, capacidades e ministérios.

Deixemos que os outros sejam iguais a si, sabendo que esta é a maneira mais perfeita de amar.
Na verdade, amar uma pessoa implica aceitar que a sua novidade de ser único, original e irrepetível, deixando que essa originalidade possa emergir e robustecer-se.

Todos sabemos que os outros não são a nossa medida. Do mesmo modo devemos tomar consciência de que não temos o direito de pretender ser a medida dos demais.

Avivemos com frequência a nossa esperança, lembrando-nos de que estamos a caminhar para a plenitude do amor que é a Comunhão Universal da Família de Deus.

Na verdade, o amor é uma dinâmica de bem-querer que tem como origem a pessoa e como meta a comunhão.

Os seres humanos que têm a sorte de conviver com pessoas de grande maturidade são como plantas a florir num jardim irrigado e bem cultivado.

Procuremos ser pessoas que põem o amor e a fraternidade em primeiro plano, não marginalizam nem provocando o aparecimento de pessoas desenquadradas ou marginalizadas.

Podem os ter a certeza de que, deste modo, muitas pessoas nos procurarão, olhando-nos nos olhos com muita alegria e gratidão.

Lembremo-nos de que quanto mais crescermos em maturidade, mais profunda e transparente será a nossa alegria, e mais o nosso sorriso terá sabor a verdade.

Tenhamos presente de que as pessoas amadurecidas não são pretensiosas ou arrogantes, pois têm consciência de ser pessoas em construção. Eis a razão pela qual estas pessoas não estagnam na caminhada da sua realização pessoal.

Quanto mais cresce a nossa maturidade afectiva, mais conscientes nos tornamos do que ainda nos falta para atingirmos a maturidade do amor.

Quanto maior for a nossa maturidade afectiva, mais crescem em nós os horizontes da fraternidade.

A comunhão universal ultrapassa os horizontes estreitos das raças, das línguas, da nacionalidade, da cultura ou da condição sexual.

À medida em que amadurecem afectivamente, os seres humanos compreendem melhor os horizontes e o alcance da Comunhão Universal para a qual estamos a caminhar.
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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