
Como emerge a partir de um leque único de possibilidades ou talentos, cada pessoa se configura de modo único, original e irrepetível.
Por ter densidade pessoal-espiritual, o nosso ser interior tem qualidade e densidade para ser glorificado e assumido na comunhão da Santíssima Trindade com Cristo.
Por outras palavras, só o que em nós é pessoal-espiritual é susceptível de ser ressuscitado e glorificado com Cristo.
O evangelho de São Mateus descreve de modo muito claro a condição espiritual dos ressuscitados. Eis as suas palavras:
“Estais enganados, diz Jesus aos fariseus, pois desconheceis as Escrituras e o poder de Deus.
Na ressurreição nem os homens têm mulheres, nem as mulheres, maridos. São como anjos no Céu” (Mt 22, 29-30).
Enquanto vivemos na história somos seres com uma interioridade espiritual a emergir e a crescer no nosso íntimo.
Na verdade, a nossa condição histórica é a de pessoas em processo de construção.
O nosso ser interior vai-se formando e robustecendo como o pintainho dentro do ovo.
A morte é o momento em que nasce o pintainho, a fim de ser incorporado e assumido na Família de Deus.
“Semeia-se corpo natural, diz São Paulo, e ressuscita-se corpo espiritual (1 Cor 15, 44).
O corpo espiritual significa esse feixe de energias que tem configuração pessoal e se vai robustecendo no nosso interior.
Calmeiro Matias
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