
I-CHAMADOS A AMAR
Inspirado pela sua sabedoria infinita e movido pelo seu amor omnipotente, Deus criou-nos inacabados, a fim de podermos completar em nós a sua obra.
O nosso Criador sabia que, para sermos livres, conscientes, responsáveis e capazes de comunhão amorosa, tínhamos de ser também autores de nós mesmos.
Na verdade, Deus introduziu-nos na vida como um processo de humanização. Como ternura maternal de Deus, o Espírito Santo ajuda-nos a renascer todos os dias (Jo 3, 6).
O Livro do Génesis fala-nos do hálito da vida que Deus insuflou no barro primordial do qual emergiu Adão (Gn 2,7).
Como sopro primordial da vida espiritual, o Espírito Santo iniciou a dinâmica histórica da amorização, a qual é o motor da humanização do Homem.
Hoje como ontem e amanhã como hoje, é o Espírito Santo que, no concreto das situações, toma a iniciativa de nos iluminar e convidar, a fim de agirmos numa linha de fidelidade ao amor.
O amor é uma dinâmica de bem-querer que tem como origem a pessoa e como meta a omunhão. Os seus apelos surgem na nossa consciência em forma de chamamento ou proposta.
A nossa consciência é como que o altifalante no qual o Espírito Santo se faz ouvir, convidando-nos a agir na linha do amor.
Através do amor a pessoa aceita o outro tal como é, apesar de ser diferente de si. Mediante a atitude eucarística a pessoa dá-se à outra, num movimento de reciprocidade e comunhão.
O amor leva a pessoa a encantar-se pelo outro, apesar das diferenças. Valoriza essas diferenças e entra em comunhão com ele.
Na atitude eucarística cala a sua diferença para se dar totalmente ao outro. Nesta reciprocidade as diferenças não são anuladas mas optimizadas e potenciadas na comunhão amorosa.
Mediante o amor, a pessoa age no sentido de facilitar a realização e felicidade do outro.
Calmeiro Matias
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