segunda-feira, 3 de março de 2008

A FRAGILIDADE E SOLIDÃO DOS IDOSOS-II

II-GENTE QUE PRECISA DOS OUTROS

São muitos os idosos que não saem de casa, pois as suas limitações impedem-nos de sair sozinhos.

Que felizes ficariam se aparecesse um voluntário, homem ou mulher, que os levasse a passear uma ou duas tardes por semana!

E que dizer dos idosos que moram no terceiro ou quarto andar de um prédio sem elevador?
Acontece que estas pessoas, como vivem sozinhas, precisam de fazer compras e transportá-las para casa.

Só o pensar que têm de ir às compras e transportá-las para o seu quarto andar sem elevador geram neles uma angústia profunda e indescritível.

Uma situação complicada e humilhante para muitos idosos é o facto de terem de apanhar um autocarro sem uma porta para deficientes.

Por vezes é muito difícil encontrar alguém que as ajude a subir para o referido autocarro.
Quantas destas pessoas, por já estarem muito limitadas, não têm capacidade para limpar a casa ou lavar a sua roupa.

Nestes casos a sua vida começa a perder rapidamente qualidade, pois a situação em que vivem começa a tornar-se cada vez mais desumana.

Quantos destes idosos vivem em prédios que estão em muito mau estado, mas como a renda é baixa, os senhorios não têm estímulo para os restaurar.

Talvez aqui a acção do Estado ou de instituições de solidariedade social tivessem possibilidade de fazer um grande bem.

Mas a solidão é talvez o maior sofrimento dos idosos que vivem sós. Muitos deles gostariam de ter a possibilidade de sair, a fim de se distraírem um pouco, mas sozinhos não conseguem.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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