domingo, 9 de março de 2008

O FUNDAMENTALISMO É UMA DISTORÇÃO-IV

IV-FUNDAMENTALISMO E O HOMEM NOVO

Os fundamentalistas tentam a todo o custo impedir a emergência do Homem Novo, pois este não cabe no esquema fixo e predefinido da letra da sua cartilha ideológica.

Devido à sua miopia mental, a pessoa fundamentalista não consegue entender que, impedindo a emergência do Homem Novo, está a resistir ao desabrochar da Humanidade.

Na verdade, a Humanidade não existe nas nuvens a cair sobre a cabeça dos seres humanos.
Pelo contrário, a Humanidade é uma realidade dinâmica a acontecer na História.

Por outras palavras, a Humanidade está a emergir de modo único, original e irrepetível no concreto de cada pessoa humana.

Amar a Humanidade é facilitar a emergência da riqueza e da novidade que existe no coração de cada ser humano.

Opondo-se à emergência do Homem Novo, o fundamentalista está a opor-se à acção do Espírito Santo, o principal escultor do Homem a emergir à imagem e semelhança de Deus.

A pessoa fundamentalista fica horrorizada perante o novo e o diferente, sobretudo por tudo aquilo que não cabe nos moldes da letra que fecham a sua mente enferma.

Estas pessoas são o oposto de Deus que, como diz o Livro do Apocalipse, está sempre a fazer novas todas as coisas (Apc 21, 5).

Deus é surpreendente. Nunca se repete. A divindade é uma emergência permanente de três pessoas de perfeição infinita em total comunhão amorosa.

Deus manifesta-se e comunica-se ao Homem de modo sempre novo. São Paulo sofreu muito devido às distorções fundamentalistas, tanto dos judeus ortodoxos, como dos judeus cristãos que adoptaram posições fundamentalistas face às normas da Lei de Moisés.

Eis a razão pela qual ele insistia tanto na necessidade de os cristãos viverem segundo a novidade do Espírito e não segunda a velhice da letra (Rm 7, 6).

Em comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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