quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A RESSURREIÇÃO DA CARNE NA VISÃO BÍBLICA-IV

IV-UNIDOS À RESSURREIÇÃO DE CRISTO

Eis o que diz o evangelho de São Mateus: “E Jesus, clamando outra vez com voz forte, expirou.
Então o véu do templo rasgou-se em dois de alto a baixo.

A terra tremeu e as rochas fenderam-se. Abriram-se os túmulos e muitos corpos de santos que tinham morrido, ressuscitaram.

Saindo dos túmulos, entraram na cidade santa e apareceram a muitos após a ressurreição de Jesus.

Para o pensamento bíblico, portanto, a ressurreição da carne não significa restauração biológica, sim comunicação orgânica do Espírito Santo.

Ao ressuscitar, Jesus difundiu para a humanidade a Águas Viva, isto é, o Espírito Santo que faz emergir em nós regatos devida Eterna (Jo 7, 37-39).

Os que bebem desta Água Viva, disse Jesus à Samaritana, nunca mais terão sede (Jo 4, 14).
O evangelho de São João diz que no momento da morte e ressurreição de Jesus um dos soldados abriu o coração de Jesus do qual saiu sangue e Água, os dois grandes símbolos do Espírito Santo (Jo 19, 33-35).

A carta aos Romanos diz que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).

O Coração é a morado do Espírito Santo, diz a Primeira Carta aos Coríntios (1 Cor 3, 16). Com a simbologia da Água e do sangue a sair do coração de Jesus, São João quer dizer que nesse momento chegou a Hora de Jesus, isto é, o início da ressurreição universal.

É esta a linguagem profunda do mistério da Eucaristia, sobretudo a comunhão da carne e do sangue de Cristo.

Comer a carne de Cristo não é um acto antropofágico, isto é, não se trata de comer carne humana.

Do mesmo modo, ao beber o sangue de Cristo. Os cristãos não estão a realizar um acto próprio de vampiros.

Trata-se da comunicação do Espírito Santo que inicia e fortalece em nós o processo da ressurreição.

Eis o que o evangelho de São João diz a este propósito: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue fica morar em mim e eu nele.

Assim como o Pai que me enviou vive e eu vivo pelo Pai, também quem come a minha carne e bebe o meu sangue viverá por mim” (Jo 6, 56-57),

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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