
Eis o que diz o evangelho de São Mateus: “E Jesus, clamando outra vez com voz forte, expirou.
Então o véu do templo rasgou-se em dois de alto a baixo.
A terra tremeu e as rochas fenderam-se. Abriram-se os túmulos e muitos corpos de santos que tinham morrido, ressuscitaram.
Saindo dos túmulos, entraram na cidade santa e apareceram a muitos após a ressurreição de Jesus.
Para o pensamento bíblico, portanto, a ressurreição da carne não significa restauração biológica, sim comunicação orgânica do Espírito Santo.
Ao ressuscitar, Jesus difundiu para a humanidade a Águas Viva, isto é, o Espírito Santo que faz emergir em nós regatos devida Eterna (Jo 7, 37-39).
Os que bebem desta Água Viva, disse Jesus à Samaritana, nunca mais terão sede (Jo 4, 14).
O evangelho de São João diz que no momento da morte e ressurreição de Jesus um dos soldados abriu o coração de Jesus do qual saiu sangue e Água, os dois grandes símbolos do Espírito Santo (Jo 19, 33-35).
A carta aos Romanos diz que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).
O Coração é a morado do Espírito Santo, diz a Primeira Carta aos Coríntios (1 Cor 3, 16). Com a simbologia da Água e do sangue a sair do coração de Jesus, São João quer dizer que nesse momento chegou a Hora de Jesus, isto é, o início da ressurreição universal.
É esta a linguagem profunda do mistério da Eucaristia, sobretudo a comunhão da carne e do sangue de Cristo.
Comer a carne de Cristo não é um acto antropofágico, isto é, não se trata de comer carne humana.
Do mesmo modo, ao beber o sangue de Cristo. Os cristãos não estão a realizar um acto próprio de vampiros.
Trata-se da comunicação do Espírito Santo que inicia e fortalece em nós o processo da ressurreição.
Eis o que o evangelho de São João diz a este propósito: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue fica morar em mim e eu nele.
Assim como o Pai que me enviou vive e eu vivo pelo Pai, também quem come a minha carne e bebe o meu sangue viverá por mim” (Jo 6, 56-57),
Calmeiro Matias
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