quinta-feira, 2 de outubro de 2008

NOVA CRIAÇÃO PARA UMA NOVA ALIANÇA-II

II-JESUS CRISTO E A NOVA CRIAÇÃO

Esta Nova Criação Deus a realizou através de Jesus Cristo. O evangelho de São João diz que Jesus, ao ressuscitar, introduziu em nós a dinâmica restauradora do Espírito Santo que faz brotar em nós um manancial de vida Eterna (Jo 7, 37-39).

São Paulo diz que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).
Pelo facto de estarmos unido a Cristo de modo orgânico, a Nova Criação aconteceu no nosso coração em forma de reconciliação.

Graças ao facto de fazermos um com Cristo, Deus já não leva em conta os nossos pecados. Eis as suas palavras:

“Se alguém este em Cristo é uma Nova Criação. Passou o que era velho e eis que tudo se fez novo.

Tudo isto vem de Deus que nos reconciliou consigo em Cristo, não levando mais em conta os pecados dos homens” (2 Cor 5, 17-19).

Segundo o evangelho de são João, a Nova Criação acontece através de um novo nascimento.
Este nascimento dá-se mediante o Espírito Santo (Jo 3, 3-6).

A primeira Carta de São João diz que Deus colocou em nós a sua semente, isto é, o Espírito Santo, a fim de não nos tornarmos escravos do mal (1 Jo 3, 9).

A primeira carta aos Coríntios diz que tal como o homem e a mulher fazem uma só carne, o que se unem a Cristo formam com ele um só espírito (1 Cor 6, 17).

Referindo-se à comunhão Eucarística, o evangelho de o evangelho de São João diz que o Espírito Santo é a Carne e o Sangue de Cristo ressuscitado a comunicar-nos a vida do próprio Cristo (Jo 6, 62-63).

É esta a dinâmica da Nova Criação, a qual implica uma Vida Nova glorificada com Cristo: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu hei-de ressuscitá-lo no último dia” (Jo 6, 54).

Depois especifica dizendo que esta vida eterna acontece como comunhão orgânica: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e eu nele.

Assim como o Pai que me enviou vive e eu vivo pelo Pai, do mesmo modo, aquele que me come viverá por mim” (Jo 6, 56-57).

Como vemos, Jesus afirma de modo muito claro que a sua união ao Pai é de tipo orgânico. Ele explicita isto muito melhor noutra passagem em que afirma: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30).

Num outro ensinamento importante, Jesus diz que a união orgânica que nos une a ele faz-nos participantes da sua própria dinâmica vital:

“Permanecei em mim que permaneço em vós. Tal como os ramos não podem dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco se não permanecerdes em mim.

Eu sou a videira e vós sois os ramos. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto, pois sem mim nada podeis fazer” (Jo 15, 4-5).

É esta, na verdade, a dinâmica vital da Nova Criação. É este o Homem Novo recriado em Cristo.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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