
Ao criar o Homem do barro, Deus insuflou-lhe o hálito da vida, isto é, o Espírito Santo, e o Homem tornou-se um ser de diálogo e comunicação (Gn 2, 7).
Segundo o pensamento bíblico, a morte acontece quando Deus decide retirar de um ser humano concreto o seu hálito da vida.
Nesse momento, a pessoa humana entra em estado de morte, isto é, fica incapaz de comunicar.
A ressurreição da carne podia acontecer se Deus voltasse a insuflar o Espírito Santo no coração dos seres que permanecem no shéol, isto é, na morada dos mortos.
Jesus Cristo, como tinha a plenitude do Espírito, não ficou em estado de morte. É verdade que foi à morada dos mortos, mas para comunicar a dinâmica do Espírito a todos os que o tinham precedido na História. Eis as palavras da Primeira Carta de São Pedro:
“Também Cristo padeceu por causa dos nossos pecados, de uma vez para sempre.
Morto na carne, ele foi vivificado no Espírito. E foi assim que ele foi à morada dos mortos pregar aos espíritos cativos da morte.
Muitos deles eram os incrédulos do tempo de Noé. Deus aguardava-os enquanto Noé construía a Arca, mas só um pequeno grupo, oito apenas, entraram na Arca e se salvaram (1 Ped 3, 18-19).
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