
A parábola do Filho Pródigo é um ensinamento belíssimo sobre o coração misericordioso de Deus:
Todas as tardes o pai subia à colina para ver se o filho pecador estava de regresso a casa.
Depois de muitos dias de idas inúteis eis que o filho regressa. O pai sem pensar em mais nada corre a abraçar o seu filho, recebendo-o em clima de festa.
O Reino de Deus está sempre associado à festa, à alegria e à comunhão (Lc 15, 11-32). Quando Adão se afastou de Deus, sentiu-se nu, isto é, de seguir o caminho da sua plenitude (Gn 3, 7-8).
Agora o Filho Pródigo, longe do Pai, sente que a sua vida está a afundar-se num fracasso sem saída:
“Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
E caindo em si, disse: “Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em abundância e eu aqui a morrer de fome.
Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: “Pai, pequei contra o Céu e contra ti.
Já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como um dos teus jornaleiros. E levantando-se foi ter com o pai.
Quando ainda estava longe, o pai viu-o e encheu-se de compaixão. Correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos” (Lc 15, 16-21).
Os ensinamentos de Jesus revelam-nos o rosto de um Deus misericordioso. É um Deus que nos convida a levantarmo-nos e retomar o caminho do regresso à casa do Pai.
Cair é próprio do ser humano. Levantar-se é uma decisão que só pode ser levada a cabo por gente que acolhe a forçado Espírito Santo que nos faz nascer de novo (Jo 3, 6).
Calmeiro Matias
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