domingo, 19 de outubro de 2008

O SÉTIMO DIA COMO PLENIUTUDE DO AMOR-VI

VI-O SÉTIMO DIA E A PLENITUDE DO AMOR

O fim da primeira criação, portanto, significa o começo da Nova, a qual implica o perdão do pecado e a reconciliação com Deus (2 Cor 5, 17-19).

O profeta Ezequiel profetizou com uma grande profundidade a emergência do sétimo dia como obra do Espírito Santo:

“Então derramarei sobre vós uma água pura e sereis purificados de todas as manchas e de todos os pecados.

Dar-vos-ei um coração novo e introduzirei em vós um espírito novo. Arrancarei do vosso peito o coração de pedra e vos darei um coração de carne.

Dentro de vós porei o meu Espírito, fazendo com que sigais as minhas leis e pratiqueis os meus preceitos.

Habitareis na terra que dei a vossos pais. Sereis o meu povo e eu serei o vosso Deus” (Ez 36, 26-28).

Em Jesus Cristo, a Divindade enxertou-se na Humanidade, a fim de esta ser divinizada. Como vimos mais acima, o início da marcha divinizante da Humanidade acontece com a morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Jesus Cristo surge assim como a cúpula do sexto dia e o início do sétimo. A sua ressurreição inaugura o repouso do Sétimo Dia. Ele é o Alfa e o ómega, diz o livro do Apocalipse:

“É verdade, eu sou o Alfa e o Ómega, o Princípio e o Fim. Ao que tiver sede vou dar-lhe a beber gratuitamente da nascente da Água da Vida” (Apc 21, 6).

A Carta aos Filipenses tem um hino muito bonito onde Cristo aparece como a plenitude da Criação iniciada no primeiro dia:

“Ele é a imagem do Deus invisível, o primogénito de toda a criatura. Foi nele que todas as coisas foram criadas, tanto as do Céu como as da Terra, as visíveis e as invisíveis (…).

Todas foram criadas por ele e para ele (…). Ele é o princípio, o primogénito de entre os mortos, a fim de ter em tudo a primazia.

Aprouve a Deus fazer habitar nele toda a plenitude, reconciliando nele e para ele todas as coisas” (Col 1, 15-20).

Para o Novo Testamento, a ressurreição de Cristo significa a plenitude da Humanidade em construção e o início da Humanidade glorificada.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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