segunda-feira, 14 de julho de 2008

A FORÇA CRIADORA DA ESPERANÇA CRISTÃ-V

V-ESPERANÇA E FIDELIDADE DE DEUS

A Carta aos Hebreus diz que Abraão foi um modelo de esperança: “E assim, depois de ter esperado pacientemente, Abraão recebeu o conteúdo da promessa” (Heb 6, 15).

A Esperança é como uns binóculos que nos ajudam a ver o nosso futuro com os olhos da revelação de Deus e não apenas com os olhos da inteligência humana.

A esperança cristã é alimentada pela Palavra e dinamizada pelo Espírito Santo que habita em nós.

A esperança cristã ultrapassa os muros apertados e estreitos da vida que morre, abrindo-nos os olhos do nosso coração para saborearmos não apenas os bens da terra como também os do Céu.

Mas isto não que dizer que Deus nos distrai dos compromissos históricos. Pelo contrário, envia-nos para o mundo com critérios diferentes dos do mundo.

Por isso os cristãos são sal, luz e fermento no mundo (cf. Mt 5, 13-16). A esperança cristã ajuda os crentes a compreender que os sofrimentos e a própria morte fazem parte de uma história cheia de sentido.

Tenho a certeza, diz São Paulo, de que os sofrimentos do tempo presente nada são em comparação com a alegria e felicidade que nos aguarda o futuro em Deus (Rm 8, 18).

A esperança de um jovem cristão surge como apelo a construir um projecta de vida onde o amor e a solidariedade surjam como dimensão fundamental.

À medida que o crente se vai tornando adulto, a esperança começa a abrir-se para horizontes mais vastos, os quais têm este sentido: “o melhor ainda está para vir!”.

Que segurança e que felicidade este novo horizonte da esperança confere aos cristãos idosos.
À medida que esta caminhada se vai fazendo, torna-se muito clara a passagem da segunda Carta aos Coríntios que diz:

“Por isso não desfalecemos e mesmo se, em nós, o homem exterior vai caminhando para a ruína, o homem interior renova-se todos os dias.

Com efeito, a nossa momentânea e leve tribulação proporciona-nos um peso eterno de glória além de toda e qualquer medida.

Não olhamos para as coisas visíveis, pois estas são passageiras. Olhamos para as realidades invisíveis, as quais são eternas” (2 Cor 4, 16-18).

Por ser alimentada pela Palavra de Deus, a esperança cristã garante-nos que não estamos a caminhar para o vazio da morte.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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