sábado, 12 de julho de 2008

BREVE HISTÓRIA DA TERNURA DE DEUS-I

I-A SORTE DE TERMOS UM DEUS QUE É AMOR

Vamos partir de uma base essencial para compreendermos o nosso tema: Deus é amor. Isto que dizer que para Deus é possível tudo o que é possível ao amor.

Mas devido ao facto de ser amor, Deus só pode aquilo que o amor pode e nada contra o amor, pois não se pode negar a si mesmo.

Se a realidade é esta, podemos estar tranquilos e não temos razões de ter medo de Deus. De facto, ninguém tem medo do amor, a não ser a pessoa que não queira deixar o seu egoísmo.

Pelo facto de ser amor, Deus toca-nos no mais íntimo do nosso ser e comunica connosco em atitudes exclusivas de bem-querer.

O amor é uma dinâmica de bem-querer que tem como origem a pessoa e como meta a comunhão. Deus é assim!

O amor leva a pessoa a eleger o outro como alvo de bem-querer, facilitando a sua realização e felicidade. Deus é assim!

O amor confere às relações humanas a força capaz de fazer emergir a interioridade pessoal livre, consciente, responsável e capaz de comunhão do ser humano. Deus é assim!

Jesus entendeu muito bem o que é o amor ao fazer dele o seu único mandamento. Do mesmo modo São Paulo entendeu muito bem o mistério do amor quando disse:

“Ainda que fale as línguas dos homens e dos anjos, se não amar, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine.

Ainda que tenha o dom da profecia, conheça a totalidade dos mistérios, possua toda a ciência, ainda que tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada sou.

Ainda que distribua todos os meus bens pelos pobres e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita” (1 Cor 13, 1-3)

Depois acrescenta: “O amor é paciente e prestável. Não é invejoso, nem arrogante, nem orgulhoso.

O amor nada faz de inconveniente, nem gira só à volta do seu interesse. O Amor não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.

Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor é eterno, pois nunca passará” (1 Cor 13, 4-8).

Deus é assim! Eis a razão pela qual nunca nos afasta de si. Mas nós podemos afastar-nos dele.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

1 comentário:

Rui Vasconcelos disse...

Esta Ternura, que escreve uma história tão bela, esta Ternura, que sonha e molda o Homem Novo, esta Ternura, que nos vence, no encontro com o Ressuscitado...
Muito obrigado!